Bibliotecas Digitais From: ladonordeste, 10 months ago
Bibliotecas Digitais
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Bibliotecas Digitais e Bibliotecas Escolares
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Fases de desenvolvimento de uma Biblioteca Digital



• Criação e Captura;

• Gestão e Armazenamento;

• Pesquisa e Acesso;

• Distribuição;

• Tratamento dos direitos autorais;

• Testes de utilidade.

Bibliotecas Digitais Portuguesas e Internacionais

Bibliotecas digitais portuguesas


•BND - Biblioteca Nacional Digital
•Espaço de obras da BND
•Biblioteca Digital de Estatísticas Oficiais
•Biblioteca Digital da Universidade do Minho
•Biblioteca Digital do ICEP
•Biblioteca Digital da Universidade Aberta
•Biblioteca Digital do Centro de Estudos Galegos
•Biblioteca Digital da Fundação Mário Soares
•Biblioteca Digital Ferroviária
•Biblioteca Digital da Assembleia da República
•Biblioteca do Conhecimento On Line
•Biblioteca On Line em seis idiomas
•Biblioteca Infoeuropa do Centro de Informação Europeia Jacques Delors


Bibliotecas digitais internacionais

•Biblioteca do Congresso
•Bibliothèque Nationale de France
•Biblioteca Nazionale Centrale di Roma
•Biblioteca Pública de Nova Iorque
•Biblioteca Virtual de Macau
•Project Gutenberg — Versão Portuguesa
•Royal Library Belgium
•Digital library – The British Library
•German library: German subject catalogue
•The Princess Grade Irish Library of Monaco
•Virtual Library – www virtual library

Desafios na construção de uma biblioteca

"Análise dos principais problemas que poderão ocorrer nos diversos aspectos da biblioteca universitária durante e após a implantação da biblioteca digital. Os aspectos estudados são instalações físicas; aquisição, desenvolvimento de coleções e comutação bibliográfica; catalogação, classificação e indexação; referência; preservação e tecnologia."
DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DE UMA BIBLIOTECA. [Em linha]. [consultado em: 7 Dezembro 2008]. Disponível na Internet em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19651999000300003&script=sci_abstract&tlng=pt

Acessibilidade no espaço digital



A acessibilidade é um conceito que abarca aspectos do espaço físico, o espaço em que vivemos, e por conseguinte o espaço digital.
No entanto, pode-se afirmar que as barreiras arquitectónicas não são o maior obstáculo enfrentado pelas pessoas portadoras de deficiência. O maior obstáculo está no acesso à informação e previsivelmente, há aspectos importantes relacionados com a informação, como a educação, o trabalho e o lazer.
Quanto à acessibilidade no espaço digital, consiste em disponibilizar ao utilizador, de uma forma autónoma, toda a informação que lhe for franqueável, isto é, toda a informação para a qual o utilizador tenha código de acesso ou então, que esteja desvinculada para todos os utilizadores.

Novas conjunturas que influênciaram o aparecimento das Bibliotecas Digitais

  • A evolução das novas tecnologias
  • O crescente número de documentos em novos formatos;
  • A necessidade de economia de espaço para armazenar documentos;
  • O aparecimento da dita “Sociedade de Informação – Sociedade do Conhecimento” cujas exigências ao nível da informação conduziram à necessidade de novos serviços;
  • O aumento do domínio das TIC por parte dos cidadãos (formação escolar e outra)

Os serviços de Referência e as Bibliotecas Digitais

Todos sabemos a importância dos serviços de referência no acesso ao conhecimento e em especial nas Bibliotecas Digitais.Hoje em dia a informação online é cada vez mais diversificada quer em conteúdo quer em suporte, e o acesso por parte do utilizador é cada vez mais rápido e inovador, no entanto ainda existe muita informação que apesar de ser aquela que responde melhor às nossas necessidades, na altura da busca, ela não é encontrada.Muitas vezes isso acontece porque não se conheçem bem as ferramentas de pesquisa utilizadas pela base de dados da WEB.De nada serve muita informação se não soubermos como chegar a ela, por isso é cada vez mais importante organizar a informação e criar meios que permitam o seu acesso eficazmente.É uma tarefa dificil uma vez que é muita informação e já não é só texto, é tambem imagem, som objectos, o que obriga a redefinir o conceitos de Gestão da Informação e é tambem um desafio colocado à indexação.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Biblioteca Digital Europeia

A Comissária para a Sociedade de Informação e Meios de Comunicação já deu o seu apoio formal ao trabalho da Fundação para a Biblioteca Digital Europeia (European Digital Library Foundation).
Entre os membros da Fundação contam-se as principais associações de instituições vocacionadas para o património e a informação.
A Biblioteca Digital Europeia tem em desenvolvimento um sítio Web protótipo, a ser lançado durante o próximo ano. Simultaneamente com a apresentação formal dos Estatutos à Comissária, a Fundação anunciou o tema CIDADE como o primeiro dos temas desse sítio Web.
O projecto da biblioteca digital europeia está a reunir conteúdos digitalizados dos arquivos, museus, colecções audiovisuais e bibliotecas, compreendendo mapas, artefactos, fotografias, som, imagens em movimento, livros, documentos de arquivo e obras de arte para explorar dois milénios de ligações entre as cidades europeias.
A Biblioteca Digital Europeia encontra-se alojada na
Koninklijke Bibliotheek, a biblioteca nacional dos Países Baixos e é liderada pela Conference of European National Librarians (Conferência dos Directores de Bibliotecas Nacionais da Europa).
Trata-se de um dos mais emblemáticos projectos no âmbito das iniciativas i2010 da Comissão para criar uma Sociedade Europeia da Informação que promova o crescimento e o emprego (ver
IP/05/643 ).
Em 25 de Agosto de 2006, a Comissão adoptou uma Recomendação sobre digitalização e preservação digital (ver
IP/06/1124 e MEMO/06/311 ) que incentiva os Estados Membro a implementar mecanismos de digitalização em larga escala, de forma a acelerar o processo de disponibilização em linha da herança cultural da Europa, através da Biblioteca Digital Europeia.
Em Novembro de 2006, a ideia da biblioteca digital europeia foi fortemente apoiada pelos Ministros da Cultura de todos os Estados Membro da União Europeia, sendo mais recentemente secundada pelo Paralamento Europeu na sua
Resolução de 27 de Setembro de 2007.

Mais informação sobre a Biblioteca Digital Europeia disponível em http://www.europeandigitallibrary.eu/edlnet/

American Memory Project

Na página principal deste sítio Web http://memory.loc.gov encontra-se uma lista de colecções que podem ser facilmente pesquisadas por tópicos. Numa pesquisa mais aprofundada, estão disponíveis para o utilizador mais opções de recuperação de informação. Quer se dizer com isto, que existem mais tópicos relevantes para além dos que são mencionados no início da página. Neste mesmo campo, pode ainda ser pesquisada uma lista das colecções presentes no sítio Web da biblioteca do congresso.
Salienta-se ainda, que esta pesquisa está ordenada alfabeticamente. Ainda nesta página, são apresentadas as colecções em destaque. Em súmula, esta informação é de fácil acesso à pesquisa do utilizador.
No rodapé está disponível um link (the library of congress), onde o utilizador pode aceder à página principal. Aqui é mencionada toda a informação que envolve a biblioteca do congresso. Ainda nesta página, pode-se efectuar uma procura por: crianças e famílias; bibliotecários; publicações; investigadores; professores e visitantes.
Através do menu browse o utilizador pode navegar em colecções, que estão disponíveis cronologicamente; por conteúdo, e por lugar. Em caso de dúvidas, esta página disponibiliza ainda uma pesquisa orientadora ao utilizador.
No menu about consta a missão e a história da biblioteca do congresso. Neste menu é ainda visível a informação sobre: as colecções, informação técnica e perguntas frequentes.
Referente ao menu help, este tem as funções de: auxiliar o utilizador na pesquisa de informação, encaminha o utilizador na procura da sua informação; procura por ajuda, fornecendo estratégias de pesquisa; respostas às questões mais frequentes; e contacto directo com o bibliotecário, através de comentário e questões.
O menu contact dispõem ao utilizador a opção de escolha entre: Comentário ao site, pergunta ao bibliotecário, conversa com o bibliotecário e Comunicar um erro.
No que concerne à acessibilidade deste sítio Web, pode ser dizer que orienta o utilizador para a informação que pretende encontrar. A estrutura do sítio Web, encontra-se bem delineada e conjuntamente ordenada. Isto é, o utilizador consegue navegar entre as páginas através dos menus e ao mesmo tempo encontrar toda a informação pretendida.
Em relação ao design do interface com utilizador, pode-se afirmar que o sítio Web está organizado de uma forma simplificada, permitindo de forma objectiva dar resposta às necessidades dos seus utilizadores.
Feita a análise a este sítio Web desta biblioteca digital, pode afirmar-se que possui alguns sistemas de organização do conhecimento, de que são exemplo:

• Organização hierárquica por assuntos
• Índice toponímico
• Índice cronológico

Vantagens / Desvantagens

Vantagens

• Disponibilização do saber a todos os seus utilizadores;

• Funciona 24 horas por dia e permite o acesso à distância;

• Desenvolve-se a partir de contribuições individuais dos seus utilizadores;

• Permite o acesso simultâneo de um número infinito de utilizadores;

• Permite o acesso em linha a outras fontes de informação externas;

• Comporta diferentes formatos de informação;

• Os custos de aquisição são reduzidos;

• Desempenha um papel importante na preservação dos documentos;

• Facilitam o acesso a pessoas com deficiência

Desvantagens


• O excesso de informação cria redundância e perda de tempo;

• Inexistência de infra-estruturas necessárias;

• Perigo relacionado com os Direitos de Autor;

• A complexidade dos sistemas informáticos pode levar à info-exclusão

Utilizadores

Tal como acontece com as bibliotecas tradicionais, os utilizadores das bibliotecas digitais dividem-se em três grandes grupos:

1.) Investigadores

2.) Estudantes

3.)Professores

As necessidades dos utilizadores neste contexto são preenchidas, essencialmente, através da utilização da Internet, acedendo ao sítio ou a página da biblioteca que apresenta informações sobre a própria biblioteca (serviços e colecções), podendo também consultar o catálogo bibliográfico em linha.

História

O desenvolvimento das Bibliotecas Digitais está intimamente relacionado com a evolução da tecnologia e do modo de tratamento e transmissão de dados. Desde a invenção do telefone por Graham Bell (1876), passando pela criação do primeiro computador pela ENIAC (1946), até à invenção da web por Tim Berners-Lee (1991).
Antes, em 1971, Michael Hart, no momento em que a rede se limitava apenas a 23 computadores, criou a Biblioteca de Alexandria em formato digital (Projeto Gutenberg), cujo primeiro trabalho se baseou na Declaração da Independência dos Estados Unidos. Esta iniciativa foi muito bem sucedida, dando origem à disponibilização de mais de 2 000 títulos em diferentes línguas.
As bibliotecas começaram por utilizar a tecnologia dos computadores para melhorar os seus serviços básicos como a catalogação e organização do acervo à sua guarda. Com a proliferação do acesso em linha, estas instituições passaram a poder ter bases de dados organizadas, dinamizando assim a informação disponível.
Na última década do século XX, o mundo da informação digital sofreu grandes transformações, tendo surgido inúmeros projectos que confluíram no que hoje denominamos de bibliotecas digitais, tal como acontece com as bibliotecas das universidades de Columbia e de Yale. Na verdade, hoje o digital deixou de ser um desafio para se transformar numa realidade.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Recuperação da Informaçao em Bibliotecas Digitais

Recuperação de Informação tem como objectivo o armazenamento de documentos e a recuperação automática de informação associada a eles. É uma ciência que pesquisa informações em documentos, pesquisa por metadados que descrevem documentos e pesquisa por base de dados relacionais e isoladas e, também, em base de dados interligadas com a Internet.
A informação, normalmente, está disponível em textos, sons, imagens ou dados.


Como recuperar informação relevante para o utilizador em bibliotecas digitais?

Para o utilizador poder pesquisar com eficiência a informação requerida por este de modo a satisfazer as suas necessidades, o utilizador deve transformar as suas necessidades numa consulta.
Neste caso, esta consulta é traduzida num conjunto de palavra-chave cuja função é recuperar informação das colecções contidas na biblioteca digital.
Como na maioria dos casos o que acontece é que esta consulta nem sempre é feita de forma eficaz, devido à semântica das palavras-chaves introduzidas, então o Sistema de Recuperação de Informação tem como principal objectivo “recuperar o maior número possível de documentos relevantes e o menor número possível de documentos não relevantes”.
Isto porque, os sistemas de RI ordenam os documentos de uma colecção de acordo com o seu grau de relevância, mediante a consulta do utilizador.
Este termo tem um significado importante nesta área, pois é um componente fundamental para calcular a classificação dos documentos num resultado da pesquisa efectuada pelo utilizador.

Ao elaborar-se uma biblioteca digital deve-se ter em atenção aos modelos usados numa pesquisa, como tal devemos ter em atenção alguns passos:
  • Uma consulta envolve um conjunto de operações, especificadas por termos articulados por operadores booleanos que traduzem as necessidades dos utilizadores;
  • A operação de indexação envolve a elaboração de construções de dados relacionados com os documentos de uma colecção;
  • A ordenação envolve o sistema de recuperação de informação conforme a consulta do utilizador através de um grau de homogeneidade entre a consulta e o documento[1].

Neste sistema são usados três modelos para a classificação: modelo booleano, vectorial e probabilístico.
O modelo booleano envolve liga os termos através de conectivos lógicos AND, OR, NOT e considera uma consulta como uma expressão booleana convencional.
O modelo vectorial todos os documento são representados como um vector de termos e cada termo possui um valor associado que indica o grau de importância (peso - weight) deste no documento.
No modelo probabilístico, a ordenação dos documentos é calculada pesando dinamicamente os termos da consulta relativamente aos documentos.
É baseado no princípio da ordenação probabilística (Probability Ranking
Principle). Nesse modelo, busca-se saber a probabilidade de um documento D ser ou não relevante para uma consulta Qa. Tal informação pode ser obtida assumindo-se que a distribuição de termos na colecção seja capaz de informar a relevância provável para um documento qualquer da colecção
[2].


[1]RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO. [Em linha]. [consult. Em 04 Outubro 2008]. Disponível na Internet em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Recupera%C3%A7%C3%A3o_de_informa%C3%A7%C3%A3o


[2] CRISTHIANE, Xavier Figueiredo - Recuperação da Informação e Bibliotecas Digitais.[Em linha]. [consult. Em 04 Outubro 2008]. Disponível na Internet em: http://www.dcc.ufla.br/~olinda/arquivos/apostila_RI.pdf

Sistemas de Organização do Conhecimento

O termo “Sistemas de Organização do Conhecimento” (SOC) tem como intenção abranger todo o tipo de esquemas para a organização da informação e promover a gestão do conhecimento.
Os SOC inclui esquemas de classificação que organizam conteúdos a um nível geral (como por exemplo, livros), cabeças de assuntos que providenciam mais detalhes de acesso, e ficheiros de autoridade que controlam as várias versões de informações-chave (como por exemplo, nomes geográficos e nomes pessoais). Eles também possuem esquemas menos tradicionais, como por exemplo, redes semânticas e antologias. Porque os sistemas de organização de informação são mecanismos para a organização da informação, eles são o coração de cada biblioteca, museu ou arquivo.
Os SOC são usados para organizar conteúdos com o objectivo de gerir e recuperar informação. Os SOC servem como ponte entre a necessidade de informação dos utilizadores e o conteúdo das colecções.

Quer seja através de uma pesquisa mais elaborada ou directa, quer seja através de temas na página ou ferramentas de pesquisa, o SOC conduz o utilizador no processo de descoberta. Em adição, os SOC’s permitem aos organizadores responder a questões acerca do conteúdo da colecção e do que é necessário para descobrir esses conteúdos.
Todas as bibliotecas digitais utilizam um ou mais SOC’s. Tal como numa biblioteca física, o SOC numa biblioteca digital disponibiliza uma vista geral do conteúdo da colecção e das formas de pesquisa de informação.
A definição de qual SOC utilizar, é muito importante para o desempenho de qualquer biblioteca digital.
Os SOC’s devem ser aplicados, quer automaticamente, quer por catalogadores humanos, nas fontes incluídas na biblioteca digital. Uma vez que a matéria é incluída na colecção, os SOC’s têm de ter significado para os seus utilizadores.


  • As diferentes tipologias de organização do conhecimento são as seguintes:

Listas de termos:

• Listas de autoridades

• Glossários

• Dicionários

• Índice geográfico e outros tipos de listas de termos controlados

Classificação e Categorização (relacionais ou não):

• Sistemas de classificação

• Sistemas de categorização

• Taxonomias

Listas de relações

• Thesauri

• Redes Semânticas

• Ontologias



domingo, 7 de dezembro de 2008

Os três desafios das bibliotecas digitais

  • A conservação e a digitalização: como escolher os documentos a digitalizar, como garantir a cobertura de todas as ideias e de todos os idiomas? Como arquivar os fluxos de informações que circulam na internet em proveito das gerações futuras? Como conservar no fundo nos bens comuns os documentos de domínio público que foram digitalizados?
  • A pesquisa documental: como articular os modelos dos motores de pesquisa e de classificação de modo a evitar que o conhecimento não se transforme apenas num registo da “popularidade” ideia ou concepção? Como desenvolver o multilinguismo e a navegação por conceitos prometidos pela “Web semântica” associando todos os internautas do mundo inteiro?
  • O acesso aos documentos: como manter os limites e as excepções à propriedade intelectual que permitem às bibliotecas participar na livre circulação dos conhecimentos no universo digital? Como evitar que novos direitos e técnicas de propriedade associados aos documentos digitais não venham reduzir a capacidade de acesso de todos e todas ao conhecimento?


Poderemos reflectir melhor sobre a continuidade e sermos menos sujeitos aos impulsos mediáticos. Enfim, no campo das ideias, poderemos medir a importância da implementação de normas de descrição (os meta dados) e de interoperabilidade (a tradução, a cooperação na descrição de documentos e a necessidade de reformatar permanentemente os documentos para que eles permaneçam legíveis conforme a evolução técnica) que constituem o fundamento das técnicas da internet.
Encontramos, dessa maneira, uma concepção social da informação e do conhecimento que constrói ao mesmo tempo um património (as obras do passado) e um acesso às informações mais actuais (as publicações científicas). Relativizamos as visões estritamente comerciais da produção de cultura e de conhecimento colocando-nos do ponto de vista dos bens comuns da informação e de seus efeitos sobre o desenvolvimento das pessoas e dos países.

Bibliografia

CROSNIER, Hervé Le - Bibliotecas digitais: Os três desafios das bibliotecas digitais. [Em linha]. [consultado em 7 de Dezembro de 2008]. Disponível na Internet em: http://vecam.org/article628.html

Contexto Digital


As bibliotecas digitais impõem-se como um fenômeno que pode vir a minorar alguns dos problemas enfrentados pelos que pretendem resolver suas necessidades de informação por meio do contexto digital. Entretanto, não dispensam a existência das bibliotecas tradicionais, que ao que tudo indica ainda terão uma longa vida pela frente, até porque estas tem como função permitir o acesso a bibliotecas digitais, para aqueles utilizadores que não teriam condição de fazê-lo, de outra forma.
As bibliotecas digitais têm muito a aprender com as bibliotecas tradicionais, dada a longa experiência acumulada por estas em todas as questões que dizem respeito à criação, organização e manutenção de conjuntos de informação: selecção, organização e tratamento, análise de consultas, desenvolvimento de estratégias de pesquisa, realização de pesquisas, disseminação. O tratamento da informação, por conseguinte, continua a ser necessário no contexto digital, mas depende de uma melhor definição da natureza e das características dos vários tipos de bibliotecas digitais, para que possa ser feito com eficácia e com eficiência.
Ao contrário, o que ocorre no momento é uma tendência a tratar a biblioteca digital como um fenômeno único, abrangente, a que se poderia aplicar processos genéricos que servissem para resolver todas as questões automaticamente, bem ao estilo de muito do que se faz no contexto digital, neste momento.
Mas novos desafios se apresentam para o tratamento da informação, como a questão linguística, amplificados pelas facilidades de comunicação trazidas pelo contexto digital.
O contexto digital é denominado pelo conceito de rede ("um conjunto de nós interconectados"). Nós - são fontes electrónicas de informação interconectadas através da Internet.
A biblioteca digital cada vez mais se afirma pois num contexto digital, trata-se de um conjunto de artefactos, conhecimentos, práticas e uma comunidade, que imagina compromissos realísticos assumidos por profissionais da informação, analistas de sistemas e utilizadores. O conceito tem por objectivo expressar a mistura de lugares, corpos, vozes, habilidades, práticas, mecanismos técnicos, teorias, estratégias sociais e trabalho colectivo que, juntos, constituem conhecimentos/práticas tecnocientíficas e a contingência circunstancial de uma colagem, com práticas activas e em evolução, ao invés de uma estrutura passiva e estática.
Então, pensando no nosso contexto tradicional, contexto digital é um meio defacilitar o acesso a colecções que já existiam há muito tempo, com variada dificuldade de acesso, mas cujas eventuais facilidades providenciadas em nada se poderiam comparar às facilidades que a Internet pode propiciar. Um bom exemplo, é o caso das colecções da Biblioteca do Vaticano, não só distante fisicamente de muitos dos interessados em potencial nos seus tesouros, mas de difícil acesso pelas condições dos próprios documentos, muitos deles extremamente raros. Entretanto, sejam quais forem as razões, parece claro que uma parte da população terá dificuldades em ter acesso à informação digital. Embora pudéssemos aceitar a informação, defendida por muitos, de que hoje em dia todo o conhecimento está disponível na Internet, coisa muito diferente é essas informações estarem disponíveis para toda a população.

Bibliografia:

DIAS, Eduardo Wense - Contexto Digital e Tratamento da Informação. [Em linha]. [Consultado em 30 de Novembro de 2008]. Disponível na Internet em: dici.ibict.br/archive/00000306/01/Contexto_Digital.pdf

sábado, 6 de dezembro de 2008

Digitalização

Digitalização
O processo de digitalização tem muitas vertentes, e por isso implica muitas “cauções” em relação à informação que é digitalizada e na forma como e digitalizada.
Os materiais que são digitalizados tais como texto, áudio, imagem, entre outros, tem que passar um processo de digitalização antes de serem disponibilizados para o público-alvo.
Daí que as razões para a digitalizar documentos tem como principal objectivo:

  • Permitir um acesso flexível e menos restrito aos documentos;
  • Preservar os documentos originais;


Isto porque, numa biblioteca digital mantém-se os serviços que uma biblioteca tradicional possui, tal como a manipulação de acesso dos documentos originais.
Deste modo, devemos ter em atenção o formato, o custo e os metadados que o processo de digitalização envolve.

Formatos de digitalização

É importante ter em atenção o tipo de formato com a documentação vai ser digitalizada e adequá-la ao melhor formato para esta ser posteriormente ser representada, e para isso devemos em primeiro verificar:

  • A qualidade de reprodução pretendida;
  • Normas para armazenamento e acesso;
  • Longevidade;
  • Custo.


O tipo de material a digitalizar tem várias recomendações para a resolução e para a cor que variam consoante a forma como a imagem digital é visualizada.
Entre os vários formatos de imagem temos:

  • GIF ou PNG, geralmente resultando em imagens de pequeno tamanho, e de baixa resolução e qualidade; estas imagens são utilizadas para visualizações rápidas, apenas para se poder apreender o conteúdo;
  • JPEG, de melhor resolução e maior tamanho, adequadas a uma visualização mais atenta, e que são adequadas à maioria das consultas efectuadas;
  • TIFF, de resolução mais elevada, geralmente a maior possível, e a partir das quais se criam as imagens JPEG e GIF; devido ao seu tamanho, e devido ao facto de a sua resolução ser superior à dos monitores e outros dispositivos de saída, não se destinam a ser consultadas pelos utilizadores;
  • PDF, que permite armazenar imagens de alta resolução, e estruturá-las em formato sequencial, o que pode ser útil no caso de livros por exemplo.


Para os formatos de informação textual, temos:

  • ASCII, um formato texto simples;
  • RTF, um formato de texto que contém directivas de formatação (paginação, tipo de caracteres, etc);
  • Postscript, um formato da Adobe que reproduz informação sobre formatação, e elementos gráficos;
  • PDF;
  • DOC;

SGML, HTML, é utilizado para a visualização de páginas na internet Óptico de Caracteres. Esta forma de digitalização implica baixo custo e é usada também para documentos muitos antigos ou quando os direitos de autor passaram de validade.


Custos

Os custos são um dos factores preponderantes no planeamento e gestão das bibliotecas digitais, nomeadamente no processo de digitalização.
Estes custos envolvem custos dos recursos humanos que efectuam o processo de digitalização, qualidade dos originais e tipo de processamento de imagem necessário, tipo dos originais.
No que respeita a digitalização de uma colecção de documentos, os custos estão associados na análise da colecção completa, listagem e verificação do seu conteúdo, classificação do conteúdo, no planeamento a sequência de digitalização e digitalização de todo o material.
O material original tem que ser descrito, classificado e catalogado, pois só assim o seu acesso será permitido.

Metadados
Informam sobre a informação do objecto digitalizado, neste caso uma imagem, imagens de uma página de um livro, etc.
Há três tipos de Metadados:

  • Descritiva, tais como MARC que é utilizada na pesquisa e identificação de um objecto;
  • Estrutural;
  • Administrativa, tais como data da digitalização e tipo de resolução, nome e formato de ficheiro, direitos de autor.

A digitalização é um processo que implica ter em atenção ao documento, porque após este processo este pode ser facilmente copiado, modificado, utilizado.
Para isso é importante manter a integridade do documento, a integridade dos direitos de autor, sendo este um problema difícil que as bibliotecas digitais têm principal dificuldade em resolver.
Como soluções tem sido proposta:

  • Marca de água digital, esta proposta permite identificar o autor do documento;
  • Pagamentos digitais, depois do pagamento o utilizador tem uma senha para a ceder ao documento requerido.


Gestão de Colecções



Uma boa política de gestão para o desenvolvimento de colecções constitui uma pedra fundamental para a escolha da melhor colecção na sua parte física ou electrónica.
Uma vez, que a questão que se coloca muitas vezes é a como desenvolver uma colecção pertinente e útil para os utilizadores, na medida em que os recursos disponibilizados para tal é limitado e a selecção da documentação é fundamental.
É nesta perspectiva que o desenvolvimento de uma boa política para a gestão das colecções é fundamental., pois esta vai permitir uma colecção digital coerente e em completa consonância com as colecções já existentes, bem como a vantagem de permitir ao utilizador conhecer os critérios de avaliação e selecção dos recursos usados para a gestão das colecções electrónicas.
Por outro lado, torna-se importante conhecer que a lista dos critérios de dos sites esteja presente no site de uma biblioteca digital.
Deste modo para uma gestão de colecção há que compreender alguns aspectos, entre eles:

  • A missão e os objectivos da biblioteca em questão;
  • O nível de desenvolvimento de colecções,
  • As responsabilidades;
  • Os pontos fortes e fracos da colecção;
  • A justificação dos critérios de selecção e avaliação.

Em relação aos recursos electrónicos é preciso ter atenção ao suporte técnico, licenças, evitar adquirir informação já disponível, facilidade de acesso.






sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A Nova Bibioteca

Ultrapassando os antigos conceitos, as bibliotecas deixam de ser um espaço estático para se tornar um espaço em constante mutação, passando de uma organização totalmente ligada ao material impresso, para outra onde tudo, ou quase tudo, está armazenado de forma digital. As novas tecnologias foram incorporadas às suas actividades, provocando mudanças na maneira de oferecer produtos e serviços que venham ao encontro das necessidades de pesquisa da sua comunidade académica e de outros segmentos da sociedade.
A tecnologia que revolucionou a disponibilização e acesso à informação foi a Internet - a grande rede de computadores que alterou a relação da biblioteca com o seu público. Diante deste quadro, as bibliotecas, que há muito vinham informatizando os seus serviços, sentiram-se impedidas em responder às exigências da sociedade da informação, também chamada sociedade tecnológica ou do conhecimento.
Bibliografia:
NEVES, Mirian Elisabete da Penha - A Acessibilidade da Informação Via Rede nas Bibliotecas Universitárias do Rio de Janeiro. [Em Linha]. [Consultado em 28 de Novembro de 2008]. Disponível na Internet em: www.sibi.ufrj.br/snbu/snbu2002/oralpdf/110.a.pdf

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tarefas básicas das Bibliotecas Digitais

Criar um ambiente compartilhado que connecte os utlizadores às colecções de informação pessoal, colecções encontradas em bibliotecas convencionais e colecções de dados usadas por cientistas .

Desenvolver interfaces de informação gerais ou especializadas relevantes aos seus utlizadores .

Prover acesso a um grande número de fontes de informação e colecções de qualidade, ambas em versões on-line, integrando as com os objectos físicos da informação.

Promover um ambiente que permita a experimentação e a incorporação de novos serviços e produtos .

Facilitar a provisão, disseminação e uso da informação por instituições, grupos e indivíduos .

Armazenar e processar informação em múltiplos formatos, incluindo texto, imagem, áudio, vídeo, 3-D, etc .

Intensificar a comunicação e colaboração entre os sistemas de informação para benefício da sociedade em geral.

Softwares para Bibliotecas Digitais

Phronesis;

• CDSware;

• iVia;

• KOHA;

• PHPMyLibrary;

• OpenBiblio;

• PMB;

• Archimene;

• ARNO;

• iTOR;

• MyCoRe;

• Greenstone;

• Fedora;

• DSpace;

• GNUTECA;

• Nou-Rau;

• Rau-Tu;

• URLib Service;

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Problemas e Soluções das Bibliotecas Digitais

Bibliotecas digitais

  • Não há limitações de espaço físico
  • Disponibilidade 24h
  • Acessos múltiplos
  • Preservação e conservação
  • “Melhor” Recuperação de Informação
  • Redes de bibliotecas digitais
  • “Menor” custo

Bibliotecas digitais

  • Texto
  • Imagem
  • Video
  • Som
  • Música

Recuperação de informação
Capacidade de seleccionar da biblioteca um documento/objecto pretendido!
Problemas:
● Como comunicar a intenção?
● Se a intenção for correctamente representada e comunicada, como processá-la? Isto é, como inferir qual o documento que satisfaz a intenção?


Como representar e comunicar a intenção dos utentes?
– Bibliotecários
U: Procuro um livro que descreva os primeiros
estudos arqueológicos na região de Évora.
B: Talvez o “Antiquitatum Lusitaniae” de André de Resende.
U: Mas queria a edição original.
B: Temos uma edição fac-simile. Vou buscar!


Como representar e comunicar a intenção dos utentes?
Bibliotecas digitais (ex1.)

U: Selecciona arqueologia no catálogo;
U: Selecciona Évora no catálogo;
U: Calcula a intersecção dos resultados;
U: “Procura” no resultado final...
Provavelmente U encontra o que procura, após muitas tentativas e após seleccionar todos os livros que constam no resultado final!


Como representar e comunicar a intenção dos utentes?
Bibliotecas digitais (ex2.)


U: Selecciona “arqueologia and Évora” em texto livre;
U: Ordena os resultados por data.
U: “Procura” no resultado final
Provavelmente U não encontra o livro que procura!


Sistemas de recuperação de informação baseados exclusivamente em:

  • Texto livre
  • Catálogo
  • São limitados e inadequados!

Pesquisas em texto livre:

  • Baseadas em reconhecimento de padrões
  • Todas as palavras dos documentos são indexadas e usadas para responder às interrogações.
  • Incapacidade de representar as intenções dos utentes e o conteúdo dos documentos.

Pesquisas “orientadas” por catálogo:

  • Informação estruturada
  • Utilização de thesauri para representar o conhecimento e as suas relações.
  • Interacção inadequada com os utentes.
  • Dificuldade em representar as intenções dos utentes.

Possível solução
Pesquisa pelo conteúdo semântico dos documentos:
Ontologia, que represente conhecimento e relações
– Análise sintáctica e semântica dos documentos
– Interpretação dos documentos (representação semântica), tendo em conta a ontologia que representa o conhecimento.
– Interpretação da interrogação, tendo em conta a ontologia.


Pesquisa pelo conteúdo semântico dos documentos:

U:
Procuro um livro que relate os primeiros estudos arqueológicos na região de Évora.
U: Procuro um livro que relate os primeiros estudos arqueológicos na região de Évora.

Ontologia:
● Contém os conceitos “arqueologia” e “estudos arqueológicos”, bem como as acções cuja execução representa um “estudo arqueológico” ;
● Contém os conceitos “local”, “cidade”, “região” e instâncias desses conceitos, como “Évora” (local, cidade e região), “S. Miguel da Mota” (local na região de Évora onde existe um santuário ao Deus Endovélico)

U: Procuro um livro que relate os primeiros estudos arqueológicos na região de Évora.
– “Primeiros estudos arqueológicos”

● Evento (execução de uma acção) cuja acção associada representa um estudo arqueológico e
cujo tempo é anterior a qualquer outro evento da mesma classe de acções.

U: Procuro um livro que relate os primeiros estudos arqueológicos na região de Évora.
– Ou seja, procura-se um evento de uma acção que represente um “estudo arqueológico”,
cuja execução seja anterior a outros eventos de acções semelhantes, e que decorra num
local da região de Évora.
– Se o “Antiquitatum Lusitaniae” de André de Resende contiver este evento, então será seleccionado!


Sistemas actuais de recuperação de informação m bibliotecas digitais são limitados e pouco adequados a representar as intenções dos utentes.
A integração de metodologias próprias da Inteligencia artificial tais como o processamento da Linguagem Natural e a representação de conhecimento, permitirá desenvolver sistemas mais poderosos e adequados às necessidades dos utilizadores.

Legenda:

B - Bibliotecário

U - Utilizador

Bibliografia:
QUARESMA, Paulo : Bibliotecas Digitais - novos desafios para os sistemas de recuperação de informação. Centro de Investigação em Tecnologias da Informação. [Em linha]. [consultado em 26 de Novembro de 2008]. Disponível na Internet em: www.di.uevora.pt/~pq/RI_cenaculo.pdf





Tipo de documentos armazenados em Bibliotecas Digitais

• Artigos publicados, pré-prints, relatórios técnicos,
anuais de congressos;

• Livros, periódicos;

• Teses e dissertações;

• Material de pesquisa;

• Softwares;

• Modelos de visualização e simulação,

• Publicações multimédia;

• Registros administrativos;

• Dados bibliográficos;

• Imagens;

• Arquivos de áudio;

• Arquivos de vídeo;

• Colecções de biblioteca digital re-formatadas;

• Material didático;

• Palestras;

• Apresentações;

• Páginas Web.

Conteúdo de uma Biblioteca Digital

Uma biblioteca digital deve ser mais do que o inventário de imagens mantidas por uma instituição.Os documentos não são a parte mais importante da biblioteca digital, eles podem ser de qualquer tipo.
A parte importante deve ser os arquivos de texto que contem a informação que será recuperada nas pesquisas dentro das bases de dados.

Vantagens de uma Biblioteca digital

  • Redução do espaço de armazenamento físico;
  • Nova forma de organizar informação (metadados, web, etc.);
  • Nova forma de desenvolver colecções;
  • Nova forma de preservar materiais;
  • Novos tipos de utilizadores;
  • A facilidade de mais de uma pessoa aceder ao mesmo documento ao mesmo tempo;
  • O acesso desde qualquer lugar onde estiver conectado o utilizador;
  • Dar suporte de forma mais amigável ao utilizador, através da personalização do acesso à informação e protecção contra o excesso de informação.

Tarefas dos Bibliotecários de Bibliotecas Digitais

  • Definição de interfaces;
  • Uso correcto das linguagens de marcação (metadados);
  • Selecção de conteúdos digitais;
  • Participar na equipa que desenvolve as ferramentas de pesquisa na BD;
  • Participar de projectos cooperativos de bibliotecas digitais;
  • Recuperar, avaliar, sintetizar empacotar/re-empacotar informação;
  • Elaborar e prover serviços de informação;
  • Estar atento aos padrões de qualidade exigidos pelos utilizadores/clientes (prazo, rapidez, pertinência, confiabilidade, relação positiva, custo benefício, exactidão, relevância, actualidade e formato.

Projetos de bibliotecas digitais

Library of Congress
http://www.loc.gov/

Networked Digital Library of Theses and Dissertations
http://www.ndltd.org/

National Library of Medicine
http://www.nlm.nih.gov/

Project Gutenberg
http://www.gutenberg.org/

JSTOR
http://www.jstor.org

O que é uma Biblioteca Digital

Um biblioteca digital é um serviço de informação onde todos os recursos de informação estão
disponíveis através de processador de dados e onde as funções de aquisição, armazenamento,
preservação, recuperação, acesso e apresentação são efectuados através de tecnologia digital.
A biblioteca digital é um conjunto de documentos, pessoas, e tecnologias.
Bibliotecas digitais são organizações que provem os recursos, incluindo os profissionais especializados, para seleccionar, estruturar, oferecer acesso intelectual, interpretar, distribuir, preservar a integridade dos documentos, e garantir a persistência das colecções digitais, de tal forma que elas sejam lidas e disponíveis economicamente para o uso de uma comunidade ou grupo de comunidades.

O termo biblioteca digital é usado em vários sentidos, para os pesquisadores é o conteúdo digital
coleccionado para suprir necessidades de informação de uma comunidade específica, enquanto que, para os profissionais da informação as bibliotecas digitais podem ser instituições ou serviços que gerem uma ou mais colecções.
Para os cientistas da computação, o aspecto institucional não é relevante, eles centralizam o
trabalho nas colecções digitais e nas tecnologias que as criam e a partir das quais elas podem ser
construídas e pesquisadas.
As bibliotecas digitais são poderosas ferramentas, não são apenas repositórios passivos de informação, mas elas envolvem formas activas de comunicação que afectam as
práticas sociais e do trabalho em grande escala.
Para atender às necessidades dos utilizadores, os fundadores da biblioteca digital devem cumprir duas tarefas:

1.Estabeler um repositório de material electrônico;

2.Pesquisar e implementar mecanismos para a sua plena utilização.


Elementos básicos das bibliotecas digitais

Colecções digitais de trabalhos autorizados;

• Integração de materiais digitais;

• Uniformização dos padrões e ferramentas utilizados pelas bibliotecas digitais para facilitar o seu uso e para a conexão com outras bibliotecas.

Como serão as Bibliotecas do Futuro?

No futuro, as bibliotecas serão HÍBRIDAS, ou seja, constituídas por documentos em suportes
materiais tanto como por documentos em suportes digitais.

Se as bibliotecas digitais se integram nos tipos de bibliotecas tradicionais (públicas, escolares,
universitárias...), quais são então as mudanças que implicam?

a) Mudança Conceptual: à posse física dos documentos substitui-se o conceito de acesso à
informação e aos documentos, que não têm à partida uma existência física, mas virtual.

b) Mudança na Sequência das Acções: o acesso aos documentos pode fazer-se sem os constrangimentos das bibliotecas físicas:
  • deslocação a um sítio (ao edifício da biblioteca),
  • procura de um lugar (mesa, cadeira...),
  • dependência dos horários de abertura, etc..

Ou seja, o documento pode ser acedido a qualquer hora, a partir de qualquer lugar, dependendo agora da existência de um intermediário tecnológico (computador, modem, linha telefónica).


c) Mudança na Dinâmica de Publicação: aparecimento da micro-edição, multiplicação da auto-edição electrónica - novas oportunidades para os indivíduos e grupos que não têm possibilidade de editar os seus trabalhos pelas vias comerciais; reequacionamento da edição: áreas sem grande sucesso editorial passam a ser predominantemente editadas electronicamente.


d) Instabilidade das Colecções: a duração de vida média de uma publicação electrónica na web é de seis semanas - implica um renovado esforço de organização das colecções e a avaliação permanente da necessidade de transferência de suporte dos documentos;

e) A info-poluição: não é uma novidade, mas a informação electrónica obriga a um redobrar de cuidados na avaliação das colecções.


f) Redistribuição dos documentos: documentos únicos passam a poder ser disponibilizados para todos, sem que haja necessidade de deslocação física para pontos distantes, pedidos de fotocópias, etc..

g) Transferência de suportes: documentos impressos, sonoros, audiovisuais são transpostos para formatos electrónicos e documentos em suporte electrónico podem ser impressos, gravados, etc..


h) Novos problemas de conservação epreservação, relacionados com:

• A instabilidade dos recursos de Internet;

• A evolução dos programas de criação e difusãoda informação (rápida desactualização eimpossibilidade de leitura em programas maisavançados);

• A evolução do hardware e dos própriossuportes materiais onde a informação digital éarmazenada;

• A durabilidade suportes.


i) A grande inovação: o hipermédia (cada documento faculta a ligação para outras partes de si próprio e/ou para outros documentos, num processo de enlace ssucessivos, que possibilitam a exploração ‘ad-aeternum’ do mesmo tema, ou a descoberta de novos temas. )

Funções das Bibliotecas Digitais


Não há diferença substancial entre os objectivos e as funções de uma biblioteca digital, ou virtual, e os de uma biblioteca tradicional:

  • Gestão e desenvolvimento de colecções;
  • Catalogação e análise de conteúdo;
  • Criação de índices e catálogos;
  • Promoção do acesso à informação;
  • Serviço de referência...